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Cuba nega visto a jornalistas estrangeiros, prende repórteres e corta celular de opositores durante visita do Papa ao país

Apesar de quase 800 jornalistas de 33 países terem participado da cobertura da visita do Papa Bento XVI a Cuba, entre 26 e 28 de março, o governo cubano negou vistos a repórteres e fotógrafos do estado americano da Flórida e a um repórter do diário espanhol El País, segundo o El Nuevo Herald e o Diario de Cuba.

Nenhum veículo em espanhol do Sul da Flórida foi autorizado a cobrir a visita do Papa, destacou o El Nuevo Herald, editado em Miami. “As autoridades cubanas castigaram muitos veículos, especialmente os em espanhol, como nós, que oferecemos ao povo cubano reportagens agressivas e sem verniz, que os cubanos não podem ler em seu país”, disse Manny García, editor executivo do El Nuevo Herald.

O governo cubano afirma ter autorizado a entrada no país de 300 veículos de comunicação de todo o mundo, incluindo as redes americanas em espanhol Univision e Telemundo, de acordo com o site Café Fuerte.

A blogueira cubana Yoani Sánchez denunciou, em sua conta no Twitter, que a empresa telefônica do governo cubano, a ETECSA, cortou o sinal de celular de centenas de dissidentes, jornalistas independentes, blogueiros e ativistas cubanos, incluindo o grupo de oposição Comisión Cubana de Derechos Humanos y Reconciliación Nacional, segundo o Infolatam.

Sánchez informou ainda, também pelo Twitter, que as autoridades impediram a jornalista independente Aini Martin Valero de participar da missa feita pelo Papa. Além disso, o fotógrafo e editor Claudio Fuentes teria sido detido.

De acordo com a agência EFE, 150 pessoas ligadas à oposição foram detidas e um jovem que gritou “abaixo o comunismo” em Santiago de Cuba, no dia 26 de março, teria desaparecido.

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