O terceiro webinar do segundo ciclo organizado pela Rede pela Diversidade no Jornalismo Latino-Americano ofereceu ideias para melhorar a cobertura da violência de gênero sem revitimizar e até mesmo buscar abordagens que possam preveni-la. As jornalistas Lydiette Carrión e Leila Mesyngier, moderadas por Pilar Cuartas, ofereceram boas práticas.
O segundo webinar da nova série de encontros online promovidos pela Rede pela Diversidade no Jornalismo Latino-Americano se dedicou a desconstruir mitos sobre o jornalismo feminista. Michelle Nogales (Bolívia), Alejandra Higareda (México) e Graciela Tiburcio Loayza (Peru), em conversa moderada por Lucia Solis (Peru), compartilharam insights e reflexões com base em suas trajetórias como jornalistas feministas.
Pessoas negras são 55,9% da população brasileira, mas apenas 9,5% das pessoas que assinam textos nas edições impressas de Estadão, Folha de S. Paulo e O Globo. Esse é um dos achados de uma pesquisa que alerta para “um problema gravíssimo de ordem cultural, social e política” na sub-representação de pessoas não brancas e de mulheres nos jornais.
A Rede pela Diversidade no Jornalismo Latino-Americano iniciará sua segunda série de webinars este ano em 20 de junho para promover a diversidade, a equidade e a inclusão nas redações latino-americanas por meio de uma maior cobertura de questões de diversidade e sob uma perspectiva de direitos humanos.
Duas jornalistas mergulharam fundo na análise das sentenças por mudança de nome e sexo de pessoas trans no Peru. Em entrevista com a LJR, elas relatam os desafios de analisar 208 sentenças por meio do jornalismo de dados e como cuidaram da saúde mental no processo.
Mulheres e pessoas LGBTQ+ são especialmente vulneráveis a violências no espaço de trabalho. Para tratar desse problema em redações, o meio digital GK e o Observatório de Direitos e Justiça (ODJ) desenvolveram um protocolo para prevenir violência de gênero nestes espaços e torná-los mais seguros para as pessoas que ali trabalham.
Enquanto a cobertura dos feminicídios se concentra nos detalhes dos crimes e os apresenta como “casos isolados”, a maioria do público argentino deseja mais foco na prevenção da violência de gênero e mais empatia com as vítimas, aponta o estudo “Femicidios en los medios y en la opinión pública” (“Feminicídios nos meios de comunicação e na opinião pública”).
A perspectiva de gênero e a intersecionalidade na cobertura jornalística requer um compromisso de ligar uma chave que mude a mentalidade e as torne algo natural e não imposto, segundo explicaram as especialistas no painel "Perspectiva de gênero e como realizar coberturas interseccionais".
Jornalistas e acadêmicos Quechua denunciaram a cobertura da grande mídia peruana dos recentes protestos políticos, alegando falta de representação das vozes indígenas nos noticiários. Estudantes de doutorado de origem Quechua na Universidade do Texas organizaram um webinar em 20 de fevereiro com jornalistas e estudiosos indígenas de várias regiões do país.
Praticamente todos os meios de comunicação e portais argentinos cobriram o julgamento do assassinato de Fernando Báez Sosa, filho de imigrantes paraguaios na Argentina. Foi a notícia mais compartilhada dos últimos meses no país sul-americano. No entanto, poucos meios falaram sobre a natureza racista do crime.