A jornalista guatemalteca Michelle Mendoza, correspondente da CNN, está no exílio há seis meses após anos de perseguição e ameaças por seu trabalho jornalístico. Mesmo fora da Guatemala, ela é recebe constantemente ligações e mensagens para intimidá-la e impedi-la de retornar. Nesta entrevista, ela fala sobre sua situação e o assédio de que tem sido alvo.
Um jornalista assassinado, outro baleado e um preso e espancado pela polícia são as últimas vítimas da onda de violência contra a imprensa no Haiti, onde oito jornalistas já foram mortos neste ano. Ao mesmo tempo, a crise sociopolítica e a pobreza estão lentamente sufocando os meios de comunicação do país.
Uma investigação forense e jornalística encontrou evidências de espionagem com o spyware Pegasus contra o jornalista Ricardo Raphael e um colega do Animal Político pelo Exército mexicano, uma instituição que viu seu poder crescer consideravelmente durante o governo de López Obrador.
Acabar com a vigilância ilegal de jornalistas e ativistas foi uma das promessas de Andrés Manuel López Obrador após se tornar presidente do México em 2018. Quatro anos depois, novas evidências de espionagem de jornalistas estão surgindo, enquanto jornalistas e ONGs acreditam que o presidente tem pouco a mostrar em relação às promessas.
De acordo com a rede Voces del Sur, 171 jornalistas da região tiveram que se exilar em 2020 e 2021 para se salvarem de prisões arbitrárias ou mesmo de atentados contra suas vidas. Para entender esse êxodo preocupante de jornalistas, a GIJN conversou com repórteres exilados de Nicarágua, El Salvador, Cuba e Colômbia, que contaram suas experiências com a perseguição estatal e criminal que os levou ao exílio.
O novo e-book “Proteção dos Jornalistas: Segurança e Justiça na América Latina e no Caribe” é o produto de oito meses de artigos publicados originalmente na revista digital do Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, LatAm Journalism Review.
Nos últimos dois meses, pelo menos 12 jornalistas cubanos decidiram abandonar seus empregos ou deixar a profissão publicamente, como resultado do assédio que sofreram da Segurança do Estado cubano. As redes sociais têm sido o lugar onde os jornalistas geralmente tornam suas decisões públicas.
Os jornalistas mexicanos precisam urgentemente fazer as pessoas entenderem e valorizarem o impacto de seu trabalho para que seja a sociedade a exigir das autoridades condições seguras para a prática do jornalismo, disse Katherine Corcoran, que em outubro lançará o livro "In the Mouth of the Wolf", sobre o assassinato da jornalista mexicana Regina Martinez em 2012.
A morte de Fredid Román eleva para 15 o número de jornalistas assassinados no México em 2022. Enquanto organizações como ONU, CPJ e SIP condenam os crimes, o governo de López Obrador nega o clima de violência contra a imprensa e até se constitui como a principal origem das agressões, de acordo com um relatório da Artigo 19.
O que começou como uma briga entre grupos criminosos rivais terminou em ataques à população que resultaram na morte de quatro funcionários do grupo MegaRadio. Os assassinatos, considerados por organizações como uma forma de desestabilização social, fizeram com que a estação paralisasse temporariamente sua transmissão.