Depois do espancamento de um jovem jornalista, um chefe de polícia está foragido e jornalistas se mobilizam em prol da liberdade de expressão em todo o México.
Depois que um jornalista de TV foi morto a tiros recentemente em Tegucigalpa, a polícia rapidamente alegou que o motivo não tinha nada a ver com o seu trabalho de reportagem. Algumas publicações dizem que ele foi o 37º jornalista assassinado em Honduras desde 2003, enquanto outras dizem que ele foi o 45º repórter morto no mesmo período.
Um grupo de 60 jornalistas se reuniu na sede da polícia nacional na capital da Nicarágua para cobrar investigações sobre ataques recentes à imprensa, que eles alegam estarem sendo negligenciados.
Entre janeiro e abril de 2014 foram registradas 47 agressões contra jornalistas e meios de comunicação em diversas cidades do Peru, segundo o recente relatório da Oficina Nacional de Direitos Humanos da Associação Nacional de Jornalistas do Peru (ANP). Estatisticamente, um jornalista é vítima de atentados, ameaças e perseguição judicial a cada quatro dias.
Jornalistas de Veracruz e outros grupos marcharam na segunda, 28 de abril, em homenagem à morte da jornalista Regina Martínez ocorrida no mesmo dia há dois anos, de acordo com a revista Proceso.
Foram registradas 66 agressões contra a imprensa no México nos primeiros três meses de 2014, de acordo com um relatório trimestral publicado em 22 de abril pela organização defensora da liberdade de expressão e informação Artigo 19.
Uma bomba depositada por sujeitos desconhecidos detonou em frente à casa do jornalista peruano Yofré López Sifuentes na madrugada do dia 22 de abril, segundo o jornal La República.
Só 19% dos casos registrados de homicídios e desaparecimentos de jornalistas ou trabalhadores de imprensa chegaram a ser avaliados pela justiça, e apenas 10% terminaram em sentenças com condenação, deixando o índice de impunidade no México em 89%, disse a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH) em um comunicado no dia 20 de abril.
Repórteres Sem Fronteiras denunciou que a jornalista investigativa colombiana Claudia Julieta Duque continua recebendo ameaças enquanto avança com a ação judicial contra os agentes do Departamento Administrativo de Segurança (DAS) que a submeteram nos últimos 10 anos a perseguições, tortura psicológica e até sequestro.
Após um incidente em 10 de abril quando dirigentes políticos e sindicatos Argentinos agrediram verbalmente Marina Hermoso, jornalista de CN23, o Foro de Periodismo Argentino (FOPEA) publicou um comunicado exigindo o fim da estigmatização de jornalistas por fazerem seu trabalho.