A Procuradoria-Geral da República do México anunciou no dia 2 de dezembro a prisão de um homem identificado como Fabricio “N” em Mexicali, capital do Estado de Baja California, acusado de ser responsável pelo sequestro e roubo de materiais de um jornalista em fevereiro desse ano.
Após o assassinato do jornalista mexicano Edgar Esqueda em San Luis Potosí, no México, em outubro, um vídeo registrado por um celular e enviado a um ex-policial se espalhou pela internet. O vídeo mostrava Esqueda, amarrado e de joelhos, dizendo nomes de repórteres que cobrem crimes em jornais de todo o Estado. Em resposta, o governador de San Luis Potosí, Juan Manuel Carreras, ordenou medidas de proteção imediata - uma viatura policial para cada repórter nomeado no vídeo.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) negou no dia 29 de novembro o recurso em segunda instância do fotógrafo brasileiro Sérgio Silva, que pedia indenização ao Estado por ter perdido o olho esquerdo ao ser atingido por uma bala de borracha enquanto cobria um protesto em São Paulo em 13 de junho de 2013.
Quase quatro anos depois que a Assembléia Geral da ONU declarou o 2 de novembro como o Dia Internacional para acabar com a Impunidade dos Crimes Contra os Jornalistas (IDEI, na sigla em inglês), a data se tornou uma época em que profissionais da mídia e grupos de liberdade de expressão na América Latina e no resto do mundo chamam a atenção para os níveis de violência e impunidade que afetam seus colegas.
O projeto “Forbidden Stories”, lançado pelas organizações Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e Freedom Voices Network (Rede de Vozes pela Liberdade) em 31 de outubro, pretende proteger as “histórias proibidas” de jornalistas que estão em risco ou sob ameaça por fazer seu trabalho: reportar.
O México e o Brasil estão entre os países que apresentaram os maiores aumentos nas taxas de impunidade nos casos de assassinatos de jornalistas nos últimos 10 anos, de acordo com o Comitê para Proteção dos Jornalistas (CPJ) e seu 10º Índice Anual de Impunidade Global.
Ao longo de 14.800 quilômetros e quatro meses, os repórteres Bob Fernandes e Bruno Miranda visitaram quatro estados brasileiros para descobrir quem puxou o gatilho e quem mandou disparar os 36 tiros que mataram seis jornalistas brasileiros em casos icônicos para a imprensa do país.
Um operador de câmera que relatou receber ameaças de morte foi morto no oeste de Honduras em 23 de outubro.
O caso da jornalista colombiana Claudia Julieta Duque, que foi perseguida e torturada psicologicamente em 2001 e 2004, foi considerado pela Promotoria Geral da Nação como um crime contra a humanidade.
Um tribunal da Guatemala condenou Sergio Waldemar Cardona Reyes a 30 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Danilo López, em 2015.