O 10º Fórum de Austin para o Jornalismo nas Américas começou no domingo, 20 de maio, com uma análise dos maiores problemas de segurança que os jornalistas no continente americano enfrentam. Durante a sessão de abertura do Fórum, Frank La Rue, relator especial para a liberdade de expressão das Nações Unidas, e editores de jornais do México e da Guatemala, ressaltaram os riscos de fazer jornalismo independente em uma região cada vez mais atormentada pela violência, corrupção e impunidade desenfreadas.
Ao destacar que celebrar o trabalho dos jornalistas é uma forma de criar uma atmosfera nacional e mundial na qual se respeita a liberdade de expressão, Guy Berger, diretor de liberdade de expressão e meios de comunicação da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), explicou brevemente o Plano de Ação da ONU pela Segurança de Jornalistas e o Tema da Impunidade durante o primeiro dia do 10º Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas.
Durante o 10º Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas, um painel de especialstas moderado pelo reconhecido jornalista peruano Gustavo Gorriti, diretor do IDL-Reporteros, advertiu que apesar da Internet ser um recurso imprescindível para os jornalistas, não deixa de ser uma poderosa ferramenta de ataque aos próprios jornalistas se não forem tomadas as devidas precauções. O painel, "Segurança e Proteção no Ciberespaço: Ameaças e vulnerabilidades enfrentadas por jornalistas e meios digitais", foi realizado nesta segunda, 21 de maio, como parte do Fórum, que continuará até esta terça, 22 de maio, em Aus
“Proteger os jornalistas não é uma recomendação, mas uma obrigação institucional do Estado”, declarou a relatora especial para a liberdade de expressão da Organização de Estados Americanos (OEA), Catalina Botero, durante seu discurso no Décimo Fórum de Austin sobre Jornalismo nas Américas, dedicado nesta ocasião a tratar da Segurança e Proteção de Jornalistas, organizado pelo Centro Knight entre os dias 20 e 22 de maio de 2012.
No quinto painel do 10º Fórum de Austin de Jornalismo nas Américas, moderado por Mónica González, diretora do Centro de Investigación Periodística (CIPER) no Chile, abordou-se a "Violência Endêmica contra os jornalistas e meios na América Latina" e a necessidade de que os jornalistas realizem alianças com ONGs, trabalhando em compromissos a longo prazo. Também se enfatizou a necessidade de uma maior solidariedade entre os jornalistas.
Um dia após ter sido sequestrado por três homens armados no estado mexicano de Sonora, o jornalista Marcos Ávila foi encontrado morto por estrangulamento. O corpo dele apresentava sinais de tortura, informou o jornal El Universal.
As autoridades do estado mexicano de Sonora confirmaram, no dia 17 de maio, o sequestro de um jornalista especializado em temas de Justiça e segurança, informou a agência Proceso.
Pela segunda vez em apenas uma semana, a sede de um jornal é atacada a tiros no estado de Tamaulipas, um dos mais afetados pelo crime organizado no México. Na noite de 11 de maio, o prédio do jornal El Mañana, de Nuevo Laredo, cidade na fronteira com o estado americano do Texas, foi atacado a tiros, segundo a agência Proceso. No dia 7 de maio, uma ataque semelhante havia ocorrido contra o diário Hora Cero, na cidade de Reynosa.
Poucas horas depois de o presidente de Honduras, Porfirio Lobo, afirmar que o jornalista sequestrado Alfredo Villatoro estava vivo, o secretário de Segurança Pública anunciou, na noite de 15 de maio, a morte do conhecido locutor da HRN, a rede de rádio mais importante do país, informaron la agencia Associated Press y el diario La Prensa.
Pelo menos três jornalistas receberam ameaças nos últimos dias na Argentina, informou a rádio FM Activa. Além de problemas com um governo que se nega a respeitar as liberdade de imprensa e de expressão, as agressões e ameaças tem se tornado frequentes.