O fotógrafo Luis Carlos Santiago Orozco, do jornal El Diario de Juárez, foi morto a tiros na quinta-feira, 16 de setembro, no estacionamento de um centro comercial de Ciudad Juárez, marco da violência do tráfico de drogas no México, na fronteira com os Estados Unidos, informou a publicação. Outro fotógrafo que o acompanhava foi ferido no ataque, segundo a agência EFE.
O câmera do canal Televisa Alejandro Hernández Pacheco, um dos quatro comunicadores sequestrados em julho por traficantes de drogas no norte do México, cruzou a fronteira com a esposa e os filhos e pediu asilo político aos Estados Unidos, temendo ser assassinado em seu país, informaram a CNN México e o jornal El Diario.
Associações de jornalistas do México e autoridades de Chihuahua, região na fronteira dos Estados Unidos considerada uma das mais perigosas no mundo para jornalistas por causa da violência relacionada ao tráfico de drogas, assinaram no dia 6 de setembro o primeiro protocolo de segurança para a cobertura de temas considerados de alto risco, informaram o Masnoticias e o Tiempo.
José Raul Arriaga, repórter da rádio Univisión em Porto Rico, foi esfaqueado na madrugada de 7 de setembro, no município de Corozal, informou El Nuevo Día. O jornalista de 37 anos foi levado ao hospital depois de sofrer cerca de 15 facadas, e sua saúde está estável, acrescentou o Primera Hora.
A violência do narcotráfico contra a imprensa mexicana chegou a tal ponto que uma empresa está vendendo coletes à prova de balas no México para proteger os repórteres, informou o Clarín.
A polícia encontrou 27 cápsulas de balas do lado de fora da casa do jornalista Edín Maas Bol, na cidade de Cobán, em Alta Verapaz, região central da Guatemala. A família de repórteres já sofreu outros três atentados, um dos quais resultou na morte do irmão de Maas, informaram a Prensa Libre e o Cobán Noticioso.
Frank La Rue e Catalinta Botero, relatores das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos para a liberdade de expressão, revelaram as observações preliminares de sua visita conjunta ao México e alertaram que a situação no país é grave, informaram a BBC Mundo e El Universal.
O Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela aprovou o pedido de extradição de Walid Makled, suposto narcotraficante venezuelano detido na Colômbia na semana passada, informou a Associated Press. Makled é considerado o mandante do assassinato do jornalista Orel Sambrano, ocorrido em 2009, acrescenta El Universal.
A polícia mexicana está investigando dois ataques com granadas às instalações da emissora Televisa, ocorridos nas cidades de Matamoros e Monterrey, no norte do país. O primeiro incidente aconteceu na noite de sábado, 14 de agosto, e não deixou feridos. O segundo, ocorrido na cidade de Monterrey na manhã deste domingo, 15 de agosto, feriu levemente dois funcionários e danificou veículos e edifícios, informaram a Agencia Reforma e La Crónica de Hoy.
A Secretaria de Segurança Pública do México anunciou a captura, em Durango, de outros cinco supostos integrantes do cartel de Sinaloa que estariam envolvidos no sequestro de dois repórteres e dois câmeras no final de julho, informou o Milenio.
Dez dias após ter sido sequestrado no estado de Zacatecas, o jornalista Ulises González García foi libertado e encaminhado a um hospital privado, informou a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF). O editor do semanário La Opinión apresentava sinais de tortura.
Diante dos ataques sistemáticos a jornalistas e meios de comunicação em algumas partes do México, a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização dos Estados Americanos (OEA) propuseram a criação de uma nova categoria de risco para jornalistas trabalhando em zonas de conflito que não se enquadram na definição de "guerra" dos tratados internacionais, informou o diário La Jornada.