A poucos dias de uma nova ida às urnas no Equador, seis organizações nacionais e internacionais defensoras da liberdade de imprensa fizeram um apelo urgente aos candidatos presidenciais Luisa González e Daniel Noboa para que assumam publicamente o compromisso de respeitar e proteger o trabalho jornalístico no país. Em um comunicado conjunto, alertaram sobre a crescente deterioração do ambiente para o exercício do jornalismo, marcado por ameaças, censura, violência e um uso preocupante do aparato estatal para silenciar vozes críticas.
"O Equador atravessa uma crise de segurança sem precedentes, impulsionada pelo avanço do crime organizado, o enfraquecimento institucional e crescentes conflitos sociais", afirmaram as organizações. "Nesse cenário, o exercício do jornalismo tornou-se uma atividade de alto risco. À violência física somam-se a estigmatização vinda do poder, ações judiciais abusivas, censura digital e restrições ao acesso à informação".
As organizações exigem que os candidatos à Presidência "assumam, de forma pública e concreta, o compromisso de garantir o pleno respeito aos princípios da liberdade de expressão consagrados na Constituição e nos tratados internacionais de direitos humanos assinados pelo país."
Assinam o comunicado o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Repórteres Sem Fronteiras (RSF), Fundação para a Liberdade de Imprensa (FLIP), Fundamedios e Periodistas sin Cadenas.