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Jornalista peruano acusado de difamação deixa a prisão

Após seis meses de prisão, a Corte Suprema de Lima, Peru, absolveu o jornalista Paul Garay Ramírez, que cumpria uma sentença de 18 meses de prisão por suposta difamação, informou o Instituto Imprensa e Sociedade (IPYS).

Garay, correspondente da estação de rádio La Exitosa e diretor do programa Polémica de Visión 47 TV no momento de sua detenção, pagava a pena desde abril de 2011 em uma prisão de segurança máxima de Lima. Na sexta-feira, 28 de outubro, foi posto em liberdade e também ficou isento do pagamento de 200 dias de multa e de cerca de US$7,4 mil de reparação civil que exigia a condenação, segundo confirmou o advogado do jornalista, Víctor Valdez, a IFEX.

Após ser solto, o jornalista informou ao jornal La República que denunciará os magistrados que o enviaram ao cárcere ao Gabinete de Controle do Judiciário (OCMA), ao Ministério Público e ao Conselho Nacional da Magistratura (CNM).

“Só quero que essas coisas não se repitam com gente que não tem a oportunidade de se defender. Permanecer calado seria ser cúmplice desta injustiça”, destacou Garay ao La República.

Ao anular a decisão, a Corte Suprema de Justiça afirmou que nunca houve uma prova que sustentasse a condenação imposta ao jornalista. Garay ficou na prisão de 19 de abril a 28 de outubro por supostamente chamar o promotor Agustín López Cruz de “anão erótico”, mas no áudio de 52 segundos apresentado pelo denunciante nunca foi possível identificar a voz do jornalista nem em que estação de rádio o comentário foi transmitido. O jornalista reconheceu ter feito críticas ao promotor por um caso de corrupção, mas negou o haver insultado.

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