Um jornalista argentino denunciou ter sido detido injustamente por gravar cenas de violência policial, informou o Fórum de Jornalismo Argentino (FOPEA). Além de ficar preso por nove horas, o profissional teria sido agredido e obrigado a apagar as imagens.
Franco Farías, correspondente dá rádio Estación de Villa del Totoral em Córdoba, estava no Festival de Doma y Folclore de Jesús María com um amigo, em seu horário de folga, segundo o canal TN.
De acordo com o diário online Urgente 24, Farías decidiu gravar uma detenção usando seu telefone celular, por tê-la considerado violenta demais. Os policiais então prenderam Farías e o amigo dele quando os dois assistiam ao vídeo em um ponto de ônibus.
“Quando me levaram para a delegacia, disse que era jornalista e isso piorou a situação. Pediram que eu apagasse a gravação, mas eu disse não. Mas depois o fiz, por medo”, disse Farías, de 21 anos, citado pelo jornal Tribuno. Farías também deu detalhes do incidente em seu mural no Facebook.
Ao serem libertados, Farías e seu amigo foram obrigados a assinar uma documento segundo o qual haviam sido presos por embriaguez, de acordo com o Día a Día.
Durante o período em que ficaram na delegacia, Farías e seu amigo foram agredidos e não puderam avisar os familiares, acrescentou o La Mañana.
O FOPEA e o Círculo Sindical de la Prensa y la Comunicación de Córdoba (Cispren) pediram que o caso seja investigado. Segundo o FOPEA, Julio Herrera Martínez, secretário de Inteligência do Tribunal de Conduta Policial, disse que uma investigação já foi iniciada e que dois policiais já estão sendo acusados.