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México e Equador celebram o Dia do Jornalista, mas situação da imprensa nos dois países é preocupante

Profissionais de imprensa do México e do Equador celebraram o Dia do Jornalista esta semana, mas o panorama nos dois países é desolador, segundo os jornais Vanguardia e Hoy. O México, país onde sete jornalistas foram assassinados em 2011 e considerado um dos mais perigosos do mundo para o exercício da profissão, comemorou o Dia do Jornalista na quarta-feira 4 de janeiro. No dia seguinte, foi a vez do Equador, onde o presidente Rafael Correa tenta limitar a liberdade de expressão.

Os jornalistas mexicanos celebraram seu dia com uma missa em Tamaulipas, estado na fronteira com o Texas onde a violência do crime organizado impôs a censura, informou a Gaceta de Tamaulipas.

De acordo com a Federação de Jornalistas da América Latina e do Caribe (Felpalc, na sigla em espanhol), 98% dos crimes contra jornalistas mexicanos não foram investigados ou punidos.

Recentemente, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) divulgou um relatório segundo o qual 24 jornalistas foram assassinados na América Latina em 2011, sete deles no México. Já a Fepalc soma 29 assassinatos de jornalistas em 2011, incluindo 10 no México, um no Haiti e um no Panamá, casos não registrados pela SIP.

Além disso, a Repórteres Sem Fronteiras incluiu o estado mexicano de Veracruz na lista dos 10 locais mais perigosos do mundo para jornalistas, após o assassinato de três profissionais na região. A organização ressaltou ainda a morte de quatro pessoas que usavam a internet para denúncias no México em 2011.

Para a SIP, 2011 foi um ano trágico para a imprensa latino-americana, que registra quase um terço do total de jornalistas mortos no mundo.

Já os jornalistas equatorianos protestaram, em Quito, capital do país, contra o projeto da Lei de Comunicação, que ameaça a mídia independente, de acordo com o diário Hoy.

"Nosso trabalho não é um crime", disse o presidente da União Nacional de Jornalistas do Equador, Vicente Ordóñez, segundo o El Comercio.

O relatório da SIP também ressaltou como a Justiça tem sido utilizada para ameaçar e limitar a mídia no Equador.

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