Uma manchete racista e um comentário ofensivo sobre o jogador de basquete de origem asiática Jeremy Lin terminaram com a demissão de um empregado da cadeia ESPN e com a suspensão de um apresentador, informou a mesma emissora no domingo, 19 de fevereiro. As medidas foram acompanhadas de um pedido de desculpa divulgado pelo canal de esportes no sábado, 18 de fevereiro.
A manchete ofensiva no site da ESPN foi "Chink in the Armor", literalmente, "fenda na armadura", mas quis dizer outra coisa, segundo a CNN. A palavra "chink", tirada de contexto, serve para ofender pessoas de origem asiática, explicou a Associated Press.
ESPN não mencionou os empregados punidos, mas observou que o responsável pela questionável manchete foi demitido e que um apresentador da ESPNEWS foi suspenso por 30 dias. "Pedimos desculpas novamente, especialmente ao senhor Lin", disse ESPN em seu site. "Suas realizações são fonte de grande orgulho para a comunidade de origem asiática, incluindo os empregados asiático-americanos na ESPN. Por meio do auto-exame, melhores práticas editoriais e controles, e a resposta às críticas construtivas, faremos um melhor trabalho no futuro"
IB Times noticiou que Max Bretos foi o apresentador suspenso por fazer comentários racistas. Bretos se desculpou via Twitter: "Queria me desculpar com aqueles que ofendi. Não havia referência racial. Apesar da [boa] intenção, a frase foi inapropriada nesse contexto. Minha esposa é asiática, nunca diria deliberadamente algo para desrespeitá-la ou sua comunidade".
O Huffington Post explicou que o título foi "extremamente insensível e ofensivo se for considerada a origem asiático-americana de Lin."
Em sua página no Facebook, a Associação de Jornalistas Asiático-Americanos publicou uma carta para ESPN, na qual afirmam que foi "chocante ver que uma empresa informativa com uma larga tradição de excelência usar um epíteto racista [...] Confiamos que [a emissora] transformará este incidente em um momento de aprendizagem. Entendemos e apreciamos que a manchete ofensiva foi eliminada. Mas isso não é suficiente. Gostaríamos de entender como essa manchete chegou a ser publicada e que medidas estão sendo tomadas pela ESPN para assegurar que tais erros não ocorram".