Por Liliana Honorato
Uma jornalista argentina iniciou uma greve de fome no final de agosto após que seu contrato com um canal de televisão não foi renovado, informou o Rosario3. "Quero que devolvam minha voz e meu trabalho", disse a jornalista.
"Quero que me devolvam a palavra, que me deixem exercer minha tarefa com liberdade verdadeira, meu trabalho de jornalista", comentou Marcela Pacheco ao jornal Clarín, assegurando que foi despedida da Televisión Pública em 2006 por criticar o governo.
Embora Pacheco tenha declarado ao Clarín que era “vítima da censura oficial”, a jornalista disse que o público foi "quem roubou sua palavra”, reportou o Contexto.
Justamente no início de agosto deste ano, outro jornalista argentino disse ter sido censurado após a presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, ter proibido que o jornalista Juan Cruz Sanz participasse de um programa de notícias do canal C5N. Em abril, a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) criticou o governo argentino por punir constantemente os “meios de de comunicação críticos à pauta oficial”, e qualificou o governo de Kirchner como “arbitrário e intolerante”.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.