Como parte do julgamento por lavagem de dinheiro contra 18 mexicanos que se fizeram passar por jornalistas da emissora Televisa, na Nicarágua, o juiz Edgard Altamirano aceitou como prova o registro de chamadas telefônicas da suposta líder do grupo, Raquel Alatorre Correa, informou o site Sin Embargo.
Um relatório da Direção de Investigações Econômicas (DIE) da Nicarágua destaca que a acusada realizou 249 chamadas a 20 números de telefone entre julho e agosto. Em sua maioria, as chamadas foram feitas a um contato listado com o nome do jornalista Amador Narcia Estrada, vice-presidente nacional de informação da Televisa, que negou estar envolvido no caso. As autoridades não conseguiram identificar as chamadas a outros números no México, segundo o El Nuevo Diario.
Em 20 de agosto, as autoridades da Nicarágua encontraram $9.2 milhões de dólares escondidos em seis caminhonetes com o logotipos da Televisa, onde viajavam 18 mexicanos que fingiram ser repórteres de televisão. O julgamento contra esses falsos jornalistas começou em 10 de dezembro e terá nova sessão na terça-feira, 18 de dezembro. A emissora Televisa negou em todos os momentos a propriedade das caminhonetes e que os supostos criminosos fossem funcionários da empresa.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.