Condenado a um ano de prisão por difamação, num processo aberto por um prefeito, o jornalista equatoriano Walter Vite iniciou uma greve de fome para protestar contra a decisão, informaram a agência AP e o Ecuadorinmediato.
Vite foi preso no dia 27 de abril del 2011, por ordem do juiz Édgar Benalcázar, que, além da pena de um ano de prisão, condenou o jornalista a pagar 500 dólares a um advogado.
Segundo o El Universo, há três anos, em seu programa na rádio Iris, Vite teria feito comentários considerados caluniosos sobre o prefeito de Esmeraldas, Ernesto Estupiñán. "A Justiça não está sendo feita", disse Vite à TV Ecuavisa, segundo o Vistazo.com. "Um homem está sendo condenado pela coragem de pensar contra o atraso em que vivemos".
O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) pediu às autoridades equatorianas que libertem Vite e atualizem as leis dos país segundo os padrões internacionais em relação à liberdade de expressão. "A decisão de prender Vite por difamação indica que o Equador contradiz o consenso regional que promove a descriminalização da difamação", disse Carlos Lauría, coordenador do programa das Américas do CPJ.
As leis consideradas “antiquadas” pela CPJ têm sido frequentemente utilizadas pelo presidente Rafael Correa para abrir processo contra veículos de imprensa e jornalistas por difamação.
Veja aqui um vídeo da Ecuavisa sobre a situação do jornalista.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.