Aleida March, viúva de Ernesto Che Guevara, escolheu o dia 14 de junho de 2011, data em que ele completaria 83 anos, para finalmente publicar o diário escrito pelo guerrilheiro argentino durante a luta na Sierra Maestra, informou a EFE. O lançamento faz parte de uma série de homenagens ao seu trabalho jornalístico, especialmente na revista Verde Olivo, fundada por ele, segundo o Prensa Libre.
Segundo o jornal britânico The Guardian, March disse que "Diário de um Combatente" foi lançado em reconhecimento aos pensamentos, à vida e ao trabalho dele.
Repórteres, fotógrafos e designers que trabalharam com Guevara ressaltaram que a faceta jornalística dele está refletida em mais de 80 trabalhos de texto e foto realizados para a revista, criada três meses depois do triunfo da revolução, acrescentou o Prensa Libre.
"O jornalismo sempre acompanhou o Comandante Ernesto Guevara, desde os tempos de adolescência, na Argentina... Fundou, em sua cidade, Rosario, a revista Tackle, em cujas páginas resenhava, com conhecimento de causa, os campeonatos de rugby. Durante sua temporada no México, em 1954, cobriu, como fotojornalista, os VII Jogos da América Central e do Caribe para uma agência de notícias", afirmou Juan Morales Aguero ao Tiempo 21.
"Também na Sierra Maestra fundou a emblemática emissora guerrilheira Rádio Rebelde", acrescentou Morales.
De acordo com a EFE, a publicação do diário é uma contribuição importante, porque, embora a história de Guevara seja conhecida, suas experiências pessoais durante os primeiros anos como guerrilheiro estavam ainda cuidadosamente guardadas.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.