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'O verdadeiro jornalismo de soluções explora a fundo o que funciona ou não', diz a palestrante Tina Rosenberg no ISOJ 2020

O terceiro dia do 21º Simpósio Internacional de Jornalismo Online (ISOJ) foi encerrado com o painel “Dos problemas às soluções: como o jornalismo de soluções pode mudar e moldar a cobertura da mídia”.

Solutions Journalism panel ISOJ 2020

Painel sobre Jornalismo de Soluções no ISOJ 2020 (da esquerda para a direita): Mallary Tenore, Brittany Schock, Dahlia Bazzaz, Tina Rosenberg

 

A "essência do jornalismo de soluções" é fornecer respostas efetivas aos problemas existentes na comunidade, disse Brittany Schock, editora de Engajamento e Soluções da organização de notícias Richland Source, uma pequena organização de notícias em Mansfield, Ohio. "Uma história de solução é uma reportagem rigorosa sobre a resposta de um problema", disse ela.

A transparência é um componente essencial ao realizar esse tipo de trabalho, afirmou Schock. Em 2019, eles começaram a publicar um relatório anual de suas despesas com reportagem. Esta é uma maneira de dizer à comunidade, contou ela, como a organização gasta seus fundos do programa de membros, o que lhes permitiu fazer pelo menos uma matéria de soluções por mês.

"E aprendemos, o mais importante, eu acho, que poderíamos vender o jornalismo de soluções", disse Schock. “Conseguimos abordar as empresas e nossa comunidade para dizer: sabemos que você apoia este trabalho. Precisamos do seu apoio para poder continuar fazendo isso. ”

Desde a sua criação, há sete anos, a Solutions Journalism Network vem desenvolvendo o gênero de jornalismo de soluções e treinando redações sobre como contar essas histórias usando altos padrões jornalísticos e práticas éticas.

De acordo com Tina Rosenberg, cofundadora e vice-presidente de inovação da Solutions Journalism Network, ela e sua equipe criaram o Learning Lab com várias ferramentas, como o rastreador de histórias de soluções, que agora inclui mais de 9.500 reportagens em seu banco de dados. "Em nosso site, temos várias ferramentas como este Learning Lab em vários idiomas e Learning Labs mais avançados para editores, engajamento etc", disse ela.

Rosenberg disse que o verdadeiro jornalismo de soluções explora em profundidade o que está funcionando e o que não está funcionando em uma situação específica. “O jornalismo de soluções é simplesmente fazer reportagem. É cobrir as notícias. O jornalismo de soluções permite que você conte toda a história, a história completa que estamos deixando de fora. O jornalismo de soluções ajuda a aumentar a confiança.”

O Seattle Times Education Lab também concentra seu trabalho na comunidade local, especificamente para investigar problemas de educação pública. “Estamos focados nas escolas da área de Seattle e nas políticas estaduais. Mas as nossas matérias nos levam a todo o mundo. Somos três repórteres e um editor de engajamento na equipe”, disse Dahlia Bazzaz, repórter de educação do Laboratório de Educação do Seattle Times.

Segundo ela, o objetivo deles é criar uma nova conversa que conecte professores, pais e alunos sobre a inovação nas escolas. Nesse sentido, ela disse, o envolvimento da comunidade é fundamental.

“Realizamos eventos, como noites de contação de histórias, e organizamos debates sobre o que cobrimos.

Buscamos soluções apoiadas em pesquisas para os problemas e, em seguida, olhamos além dessa solução, cutucamos e fuçamos, descobrimos suas fraquezas e pontos fortes e colocamos isso como contexto”, disse Bazzaz. Isso redireciona a conversa do problema para a solução, ela acrescentou.

Mallary Tenore, diretora associada do Centro Knight e moderadora do painel, encerrou a conversa dizendo que o jornalismo de soluções é fazer reportagem rigorosas que também podem oferecer uma grande sensação de esperança. "O jornalismo de soluções cria esperança, cria mudanças e cria confiança", disse ela.

Para ver a palestra inteira, visite o canal do ISOJ no YouTube. Para uma lista completa de eventos, visite o site do ISOJ.

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