O monitoramento destacou o X (antigo Twitter) como a plataforma com maior concentração de discursos hostis, registrando 35.876 ataques, equivalente a 17,7% do total analisado. O TikTok, com 10.239 ocorrências, e o Instagram, com 10.889, também apareceram como ambientes de propagação de agressões. Termos como “lixo”, “militante” e “fake news” foram amplamente utilizados para descredibilizar jornalistas e veículos.
O relatório apontou ainda que mulheres jornalistas foram as principais vítimas, concentrando 50,8% dos ataques, apesar de representarem 45,9% dos profissionais atacados. No Instagram, elas foram alvo de 68,3% das hostilidades, enquanto no X o índice foi de 53%. A violência de gênero foi acompanhada por episódios de racismo, como os dirigidos a Pedro Borges, cofundador do portal Alma Preta Jornalismo. Após a entrevista de Pablo Marçal no Roda Viva, Borges recebeu ataques racistas que incluíram ofensas ao seu cabelo.
A Coalizão ressaltou que o cenário de violência e descrédito à imprensa compromete a atuação do jornalismo como vigilante do poder público.
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