Embora o "7D", como ficou conhecido na Argentina o dia em que entraria em vigor a Lei de Mídia, não tenha se realizado, pois a Câmara Civil e Comercial Federal decidiu prorrogar a medida cautelar de suspensão da cassação de licenças concedida ao Grupo Clarín, houve reações ao adiamento.
O o governo recorreu à Suprema Corte contra a medida cautelar e pediu ainda que o dia 7 de dezembro seja considerado como a data em que entrou em vigor a nova lei, explicou a AFP.
A presidente da Argentina, Cristina Fernández, se limitou a dizer que a decisão seria "mais do mesmo", segundo o La Nación.
A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) considerou a decisão um "revés surpreendente", por contradizer decisão da Suprema Corte que negava um pedido do grupo Clarín. "Esse golpe de efeito não muda em nada nossa posição a favor da lei, apesar do risco de que se agrave uma situação de tensão, prejudicial para todos os jornalistas e produtores de informação", disse em comunicado.
Já a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), que mandou representantes para a Argentina para "garantir que não se restrinjam as liberdades de expressão e de imprensa no país", se reuniu com parlamentares e representantes da imprensa no Congresso, informou o portal Hoy. Alguns senadores disseram à SIP que a "Argentina caminha perigosamente rumo a um controle do Estado sobre os meios de comunicação", acrescentou o portal.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.