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Ao divulgar documentos de empresa privada, WikiLeaks escolhe outros parceiros na imprensa

A última leva de documentos divulgada pelo WikiLeaks, os chamados Arquivos de Inteligência Global, ainda não repercutiu tanto, mas destaca-se a mudança dos veículos de comunicação com os quais o site de denúncias se associou desta vez. O WikiLeaks cita 25 colaboradores, lista que não inclui meios com os quais o site fez parcerias anteriormente — e que criticaram o WikiLeaks pela publicação de mensagens da diplomacia americana sem edição, em setembro de 2011. Tal mudança ressalta o atual conflito entre o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e publicações tradicionais como o New York Times e o Guardian.

Além disso, ao que parece, o WikiLeaks também se associou ao grupo de hackers Anonymous, que teria repassado documentos ao site de denúncias, segundo a revista Forbes.

Entre os últimos parceiros do Wikileaks estão o CIPER, do Chile; o site Plaza Pública, da Guatemala; o La Nación, da Costa Rica; o Al Masry Al Youm, do Egito; o La Repubblica, da Itália; o Hindu, da Índia; a Rolling Stone, dos Estados Unidos, e a OWNI, da França.

"Embora as empresas que agora apoiam o WikiLeaks sejam menos que os antigos aliados, a organização, evidentemente com poucos recursos, ainda está em condições de realizar seu trabalho", de acordo com o Atlantic Wire. "Não está claro se, com esta última divulgação, o WikiLeaks pode se tornar relevante outra vez. Mas eles ainda têm acesso a informações importante que os jornalistas estão ansiosos para entender. Ainda falta saber, porém, se o (último) vazamento produzirá histórias boas e reais."

Se os documentos publicados anteriormente pelo WikiLeaks revelaram informações confidenciais do governo dos Estados Unidos, relacionadas às guerras do Afeganistão e do Iraque, a nova leva se diferencia por tornar públicos e-mails confidenciais de uma empresa privada. Segundo a revista Forbes, a premissa inicial do WikiLeaks era oferecer um caminho legítimo para que os informantes revelassem suas histórias para os jornalistas e o público. Mas, agora, "o que um dia se anunciou como um novo capítulo do movimento para pressionar os governos —particularmente governos democráticos como o nosso [americano]—, em busca de mais transparência e prestação de contas, agora agoniza lentamente, minado pelas obsessões pessoais, pela fraca liderança e pela destrutiva agenda política de Assange", acrescentou a publicação americana.

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