Associações de imprensa divulgaram comunicados com críticas à decisão judicial que obriga os veículos de comunicação da Venezuela a incluir informes técnicos oficiais ao informar sobre uma suposta contaminação da água potável na região central do país.
"Repudiamos a exigência do tribunal, já que se trata, nada mais nada menos, de um ato de censura contra a mídia", afirmou o presidente da Comissão de Liberdade de Imprensa e Informação da (SIP), Gustavo Mohme, em referência à liminar emitida na última quarta-feira, 21 de março, por um tribunal de Caracas.
Para a RSF, a medida do tribunal de Caracas é lamentável e “representa um ato de censura pura e simples, motivado por razões políticas”, que pode contribuir "para a deterioração do clima político e midiático pré-eleitoral".
O Sindicato Nacional de Jornalistas (CNP, na sigla em espanhol) da Venezuela observou que “a função dos órgãos estatais é atender às queixas da população e não perseguir quem as torna públicas”, de acordo com o site El Impulso.
Em plena campanha eleitoral para a disputa presidencial que ocorrerá em outubro, os ataques à imprensa têm se intensificado na Venezuela, assim como o debate sobre a liberdade de expressão no país, reaceso com a recente decisão judicial.