A blogueira cubana Yoani Sánchez foi libertada após passar 30 horas na prisão, informaram a agência EFE e a própria blogueira pelo Twitter.
O marido dela, Reinaldo Escobar, e um outro dissidente, Agustín López, também haviam sido detidos, sem ordem de prisão, no dia 4 de outubro, no caminho entre as cidades de Havana e Bayamo, onde acompanhariam o julgamento do espanhol Ángel Carromero, acusado de homicídio culposo de dois ativistas cubanos, mortos em um acidente de carro.
Sánchez, crítica do regime cubano, disse que pretendia assistir ao julgamento, pois o diário oficial Granma havia anunciado que a audiência seria pública. Os policiais tomaram o celular da blogueira, contou ela ao El País.
Tês policiais femininas tentaram examina-la, mas a blogueira se negou a tirar a roupa e fazer um exame médico, segundo a AFP. Depois, a blogueira se declarou em greve de fome e se negou a ingerir líquidos durante as 30 horas em que ficou presa, escreveu a própria para o El País.
A imprensa oficial cubana defende que a blogueira tinha planos de boicotar o julgamento, mas Sánchez afirma que planejava apenas assistir à audiência.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.