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CIDH acusa Venezuela de impor censura prévia à imprensa

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), acusou a Venezuela de impor censura prévia à imprensa do país, informou a agência EFE. Na quarta-feira 31 de agosto de 2011, a Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da CIDH repudiou as medidas tomadas contra o semanário "Sexto Poder", proibido de circular após a publicação, no último dia 21, de uma montagem fotográfica que ironizava funcionárias do governo, acrescentou a Globovisión. A decisão acabou sendo revogada. Além disso, a Justiça também havia ordenado a prisão da diretora do veiculo, Dinorah Girón, e do presidente da empresa, Leocenis García, acusados de instigar o ódio, insultar funcionários públicos e ofender publicamente as mulheres, ressaltou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

"Esses fatos são contrários aos padrões regionais em matéria de liberdade de expressão e provocam um notável efeito intimidador e de autocensura que comprometem não só as pessoas diretamente afetadas, mas a todos os meios de comunicação na Venezuela", afirmou a CIDH, de acordo com a agência AFP. A CIDH também se referiu ao caso do ex-governador do estado de Zulia e pré-candidato presidencial Oswaldo Álvarez Paz, condenado, em julho, a dois anos de prisão pelo crime de "difusão de informações falsas". Em entrevista ao canal de TV Globovisión, em março de 2010, o político de oposição acusou o governo de Hugo Chávez de apoiar o narcotráfico, entre outros pontos.