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Dispensas de jornalistas este ano em São Paulo já passam de 200

Apesar dos bons resultados divulgados recentemente por grupos de comunicação como o Estado e a Editora Abril, as demissões de profissionais de comunicação em São Paulo já somam 207 apenas no primeiro semestre de 2011.

Nesta terça-feira (1º), de acordo com informações divulgadas pelo Portal Imprensa, foram demitidos 32 jornalistas das redações das revistas Aventuras na História e Vida Simples, ambas publicações da Editora Abril. A decisão foi comunicada oficialmente hoje, em reunião com o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP).

Para o presidente do Sindicato, Guto Camargo, as demissões são injustificáveis, uma vez que o Grupo Abril registra lucros e algumas de suas publicações carecem de profissionais. O Jornalismo nas Américas procurou a empresa para pedir explicações, mas não houve resposta até o momento.

Antes da Abril, o Estadão havia dispensado 22 pessoas, entre profissionais da versão impressa e da online. Em declaração ao Portal Comunique-se, o diretor de conteúdo do Grupo Estado, Ricardo Gandour, explicou que as demissões tiveram por objetivo reduzir despesas. “É um enquadramento nas metas orçamentárias. Foi um ajuste que já vinha sendo feito no Grupo. Já tivemos no JT e agora no Estadão e estadão.com", afirmou.

Há pouco menos de um mês, a TV Cultura divulgou um comunicado à imprensa sobre a demissão de 150 funcionários. Nele, a emissora informou que o corte de cerca de 10% do quadro "se deve a um projeto de reestruturação da emissora, adequando a grade de programação à capacidade instalada, redução de custos e investimentos em novos programas". Segundo fontes do jornal O Globo, João Sayad, o novo presidente da TV Cultura, quer reduzir a produção de programas próprios e demitir até 1.400 dos atuais 1.900 funcionários.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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