O jornal Reforma, um dos principais do México e dos primeiros a cobrar pelo conteúdo online por meio de um chamado “paywall”, agora estuda cobrar por aplicativos para smartphones lançados nos últimos dois anos, revelou um executivo do grupo Reforma.
Em entrevista ao Centro Knight, Jorge Meléndez, vice-presidente de novas mídias do Grupo Reforma, que publica 10 jornais em todo o México, entre eles o Reforma e o El Norte de Monterrey, disse que ainda não há “nem data nem modelo” para a cobrança. Segundo ele, porém, o objetivo é “ser coerente” com a estratégia online do grupo, que está em sintonia com as práticas de outros veículos latino-americanos.
“Não posso dizer quando nem como, mas estamos avaliando o que fazer”, disse Meléndez durante o 12º Simpósio Internacional de Jornalismo Online (ISOJ), realizado entre os dias 1 e 2 de abril na Universidade do Texas em Austin. Desde 2009, o Reforma vem desenvolvendo diversos aplicativos para o iPhone e para o Blackberry. Atualmente, são 15.
O Reforma começou a cobrar pelo acesso a seu conteúdo online em 2002 e, embora tenha perdido pouco mais de 30% da audiência no primeiro ano, o faturamento com publicidade se manteve positivo. O tráfego acabou sendo recuperado e, hoje, o grupo contabiliza 350 mil assinaturas, 50 mil delas exclusivamente “online”.
Apesar de a internet representar entre 8% e 9% do faturamento do grupo, segundo Meléndez, uma análise do Centro Knight revelou recentemente que o Reforma não é o jornal com mais seguidores no Twitter. O El Universal lidera com folga. “Ele pode até ter mais visitas, mas a questão é se tem o negócio mais forte na internet. Não estou confiante que a resposta seja a mesma”, disse o executivo.
Veja aqui o vídeo da entrevista.
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.