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Equador é um dos países mais restritivos para a imprensa na América Latina, diz CPJ

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), o Grupo Andino de Liberdades Informativas (GALI) e a organização Fundamedios apresentaram, na quinta-feira 1 de setembro de 2011, uma análise sobre a liberdade de expressão no Equador. O relatório acusa o presidente Rafael Correa de transformar o país em um dos mais restritivos para a imprensa em toda a região em menos de cinco anos.

O relatório ressalta ações do presidente Correa que ameaçam os meios de comunicação do país. Alguns pontos levantados no relatório são:

• Forçar emissoras de rádio e TV a transmitir longas mensagens oficiais com críticas à mídia, assim como o uso presidencial das "redes", ou mensagens oficiais cuja divulgação é obrigatória em casos de emergência ou crise, mas que têm sido usadas para embates políticos.

• O uso das leis contra a difamação para mandar jornalistas para a prisão e cobrar deles indenizações milionárias.

• A organização Fundamedios registrou mais de 380 violações à liberdade de expressão no Equador entre janeiro de 2008 e julho de 2011.

• A criação de um conselho regulador poderia não só censurar a mídia, como atacar suas finanças ao proibir que os donos de veículos de comunicação sejam acionistas de outras empresas.

• O governo do Equador é dono de um dos maiores impérios de mídia da América Latina, pois administra e opera 15 emissoras de rádio e TV, além de veículos impressos.

O relatório também traz recomendações para que o governo do Equador possa garantir a liberdade de expressão no país.

Abaixo, veja um vídeo que acompanha o relatório:

Confrontación en Ecuador bajo Correa from Committee to Protect Journalists on Vimeo.

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