O governo da Espanha anunciou estar intercedendo em favor do jornalista espanhol Sebastián Martínez Ferraté, para esclarecer a prisão dele, há dez meses, em Cuba, informou a Associated Press (AP).
Martínez Ferraté foi detido em 11 de julho de 2010 ao chegar em Havana a serviço da rede de hotéis espanhola para a qual trabalhava. Embora não estivesse ligado a nenhum veículo de comunicação na época, sua prisão teria relação com uma reportagem de 2008 sobre prostituição infantil em Cuba, dos tempos de repórter de TV, de acordo com a Rádio Martí.
No dia 8 de maio de 2011, o jornal espanhol El Mundo informou que Martínez Ferraté é acusado de corrupção de menores, crime cuja pena chega a 15 anos de prisão. No entanto, o jornalista disse não ter idéia do motivo de sua prisão. Ele também declarou estar "desesperado", por ter sido "abandonado" pelo governo de seu país. De acordo com o El Mundo, inicialmente as autoridades cubanas pretendiam acusá-lo de exploração sexual de menores.
A ministra de Relações Exteriores da Espanha, Trinidad Jiménez, garantiu que o governo está prestando “assistência consular” ao repórter e tomando as medidas necessárias para que Cuba apresente acusações formais contra ele, explicou o Diario de Cuba.
O último jornalista dissidente cubano preso na ilha foi libertado em 7 de abril de 2011, embora a oposição denuncie novas intimidações e agressões inclusive contra blogueiros como a premiada Yoani Sánchez.
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.