Em editorial publicado na última quinta-feira, 2 de agosto, o jornal El Observador acusou o governo uruguaio de emitir um decreto para censurar previamente a publicação de imagens violentas em noticiários.
Segundo o diário, a suposta proibição seria uma estratégia da Presidência para evitar a "exposição pública da violência" no país. "Agora o governo tem o desafio de conseguir que essa menor influência do tema na agenda midiática e política também se veja refletida na opinião pública, já que, segundo todas as pesquisas, a insegurança é o principal motivo de preocupação para a população", observou o editorial.
Na sexta-feira, 3 de agosto, o governo uruguaio negou as alegações em nota oficial, informou o site La Red 21. "A Presidência esclarece que o artigo é incorreto e tem um sentido inverso ao que o Executivo tem disponibilizado sobre a matéria", disse o texto. "O Poder Executivo não só não emitiu nenhum decreto proibindo a emissão de imagens, como revogou disposições de 1988 que habilitavam a censura prévia", acrescentou.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.