Uma jornalista argentina e sua assistente afirmam estar recebendo ameaças de morte desde o início de novembro. As intimidações estariam relacionadas à investigação jornalística que as repórteres realizam para publicar um livro sobre o governo do presidente mexicano Felipe Calderón, segundo informa a organização Artigo 19.
A jornalista Olga Wornat e sua assistente de investigação, Edgar Monroy, contaram que têm recebido ameaças via e-mail e celular que evidenciam serem alvos de escutas telefônicas e perseguição.
Monroy disse que recebeu um e-mail no qual lhe pediam o material do novo livro e informações sobre as fontes em troca de um milhão de pesos mexicanos (716 mil dólares), informou o site Animal Político. Monroy acrescentou que, após ter ignorado a mensagem, seus telefones começaram a sofrer interferências e chegaram mensagens com um itinerário detalhado de suas atividades diárias, incluindo um incidente em que uma van branca tentou atropelá-la.
Monroy disse que já denunciou estas ameaças contra seu trabalho jornalístico às autoridades mexicanas, mas não obteve resposta e teve que contratar escoltas que a acompanham e uma patrulha que vigia sua casa durante 24 horas na Cidade do México, de acordo com o site Redes de Poder.
Em 2006, Wornat foi sentenciada a pagar uma multa milionária por danos morais pela publicação de um livro sobre Martha Sahagún de Fox, a esposa do ex-presidente do México, Vicente Fox, mas uma decisão da Suprema Corte anulou a sentença em 2009.