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Jornalista argentino testemunha contra militares por crimes cometidos durante ditadura

O jornalista argentino Rafael Morán, que passou quatro meses e meio preso durante a ditadura (1976-83) por escrever sobre o caso de um desaparecido ,testemunhou sobre crimes contra a humanidade praticados pelos militares em Mendoza, oeste da Argentina, segundo o jornal Clarín.

Morán foi preso em 24 de março de 1976. Ele contou à Justiça que foi interrogado, sofreu tortura psicológica , quando não abusos físicos, relatou o jornal Los Andes.
“Fui torturado permanentemente. Batiam nos presos, os seguravam debaixo da água em um balde e também os sufocavam em sacos. Um estudante de medicina teve o baço quebrado. Quanto a nós , não sabíamos quando seria nossa vez, vivíamos sob temor”, disse Morán ao site El Sol Online.

A mulher de Morán, que também é jornalista, foi levada pouco depois dele e ficou encarcerada por nove meses, reportam o Clarín e Eo l Sol Online. Ela só foi liberada em dezembro de 1976.

Apesar da censura imposta pelos militares à época, Morán escreveu uma coluna a partir de relatos de uma mãe de um desaparecido que o procurou no jornal.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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