O jornalista cubano Calixto Ramón Martínez Arias foi libertado na terça-feira 9 de abril, informou o portal Martí Noticias. Martínez disse ter sido deixado por agentes da Polícia Revolucionária Nacional (PNR) perto das instalações da agência de notícias independente Hamblemos Press, para a qual trabalha como correspondente.
A libertação aconteceu após três greves de fome e uma forte pressão da sociedade civil cubana e de várias organizações internacionais, segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras. O Instituto Internacional da Imprensa foi a última organização que exigiu a sua libertação.
"Não me explicaram nada. Me deram um papel para que eu pudesse me mover na rua. Aparentemente, não terei que ir a julgamento", disse Martínez para o Diario de Cuba.
Martínez Arias foi preso em 16 de setembro de 2012 no aeroporto de Havana, procurando informação sobra a chegada de suprimentos médicos ao país por conta de um possível surto de dengue e cólera, confirmado dias depois pelo governo. O jornalista foi acusado de desacato a autoridade, delito que leva até três anos de prisão.
Na prisão, Martínez fez três greves de fome e denunciou as condições "inabitáveis" da prisão.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.