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Jornalista cubano Guillermo Fariñas é detido pela segunda vez em menos de 24 horas

O jornalista de oposição cubano Guillermo Fariñas, que só encerrou uma greve de fome de quatro meses quando o governo do país anunciou a liberação de presos políticos, em julho de 2010, foi detido pela segunda vez em menos de 24 horas, na cidade de Santa Clara, região Central de Cuba, informou a Reuters.

Fariñas, que em 2010 recebeu o Prêmio Sajarov, do Parlamento Europeu, foi parado por agentes do governo quando ia a uma delegacia para se informar sobre a situação de outros opositores detidos, disse a mãe do jornalista, Alicia Hernández, segundo as agências EFE e Europa Press.

Fariñas foi detido pela primeira vez no dia 26 de janeiro, junto com outros 15 dissidentes. Após ser liberado, ele denunciou que o governo de Raúl Castro, em uma nova estratégia, estaria “intimidando a população” com prisões de curta duração. “Antes, as detenções eram de longa duração”, disse, citado pela ABC.

As duas prisões de Fariñas corroboram os resultados de um relatório da organização de oposição Comissão Cubana de Direitos Humanos, que alertou para uma tendência de detenções de curta duração em 2010. A entidade disse que, no ano passado, 2.074 pessoas foram detidas por motivos políticos, mais do que o dobro (870) de 2009. A "grande maioria" das pessoas teria ficado presa por algumas horas ou dias.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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