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Jornalista cubano Guillermo Fariñas encerra greve de fome

Guillermo Fariñas encerrou nesta quinta-feira sua greve de fome e sede de 135 dias, diante do compromisso do governo de Havana de liberar 52 presos políticos, incluindo dissidentes e jornalistas, informou a AFP. O motivo da greve de fome era pressionar o governo a libertar 26 presos de consciência que estão doentes.

A decisão de interromper o jejum foi informada a um grupo amigos, entre eles a blogueira Yoani Sánchez, que viajaram a Santa Clara para pedir a Fariñas que encerrasse o protesto. Com saúde bastante debilitada, o jornalista havia chegado a dizer que sua morte estava próxima.

Os 52 presos que o governo irá soltar gradualmente, nos próximos quatro meses, integram o chamado "grupo dos 75", condenados em uma série de detenç~ies de opositores ao regime cubano em 2003, num período conhecido como Primavera Negra, informou a EFE. Segundo a Reuters, o governo não informou detalhes sobre todos os prisioneiros, que devem partir diretamente para a Espanha. Esta será a maior iniciativa de libertação de dissidentes encarcerados na ilha em mais de uma década, observa El Nuevo Herald.

Segundo a Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional, existem atualmente 167 presos políticos em Cuba, o número mais baixo desde 1959. Mas um relatório recente da Anistia Internacional acusa o governo cubano de gerar um “clima de temor" entre jornalistas e dissidentes.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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