Embora dois jornalistas estejam em greve de fome na prisão, em protesto contra o governo cubano, no dia 12 de fevereiro as autoridades do país libertaram um repórter independente que passou os últimos oito anos na prisão, numa nova leva de libertações de presos políticos, informaram o Miami Herald e a Associated Press.
Héctor Maseda, casado com Laura Pollán, uma das fundadoras do grupo de oposição “Damas de Branco”, foi libertado junto com Ángel Moya Acosta, fundador de outro movimento dissidente e também casado com uma líder do Damas de Branco, Berta Soler.
Segundo a Reuters, os dois foram forçados a deixar a prisão contra a vontade.
Os dois dissidentes haviam se recusado a deixar a cadeia anteriormente, em protesto contra as condições em que os prisioneiros eram mantidos. Ambos permanecerão em Cuba e não se exilarão na Espanha, ao contrário do que aconteceu com outros presos libertados após o acordo do presidente Raúl Castro em julho de 2010.
Maseda, de 68 anos, foi condenado a 20 anos de prisão após ser preso em março de 2003 durante uma ofensiva contra os dissidentes conhecida como “Primavera Negra”. Moya, 46, também cumpria pena de 20 anos de cadeia.
Os jornalistas Pedro Argüelles e Alberto Santiago Du Bouchet, presos desde 2003 e 2009, respectivamente, se recusam a comer desde o dia 1 de fevereiro. Eles protestam contra a obrigação de os presos libertados deixarem o país.
Este blog é produzido pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, na Universidade do Texas em Austin, e financiado pela John S. and James L. Knight Foundation.
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Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.