Quatro vezes vencedor do mais importante prêmio de jornalismo do Brasil, o Esso, o jornalista Lúcio Flávio Pinto anunciou que não vai mais recorrer do processo no qual foi condenado a pagar R$ 8 mil de indenização aos sucessores de um empresário denunciado por ele como grileiro de terras no Pará, segundo informações do Estado de S. Paulo.
A origem da ação de dano moral está em uma reportagem do Jornal Pessoal, editado por Pinto, na qual ele chama o empresário Cecílio do Rego Monteiro de “pirata fundiário”. O valor da indenização ainda não foi corrigido e deverá aumentar consideravelmente.
Sem meios para sustentar a representação após ser alvo de mais de 33 processos, o jornalista decidiu que não vai mais seguir na disputa judicial, cujo recurso poderia ser apresentado ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) até o próximo dia 28 de fevereiro, repercutiu o Diário do Grande ABC.
“Eu teria ainda de me submeter outra vez a um tribunal no qual não tenho mais fé alguma”, desabafou Pinto em seu blog, referindo-se ao Tribunal de Justiça do Pará, onde um juiz-substituto que ficou um único dia no posto, avaliou um processo de 400 páginas e o condenou, segundo o Estadão.
Depois do revés judicial em primeira instância e sua confirmação no Superior Tribunal de Justiça, o jornalista recebeu apoio de colegas da imprensa em vários sites de notícias e blogs, que divulgaram um manifesto de solidariedade que inclui um fundo para arrecadar recursos para ajudar no pagamento da indenização.
Além de pagar a indenização, Pinto perde a condição de réu primário e fica exposto aos outros processos que acumulou em seu trajeto profissional, a maioria por denunciar corrupção, desmatamento ilegal e tráfico de madeira na Amazônia, noticiou o Portal Amazônia.