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Jornalistas de todo o mundo enfrentam violência, censura e impunidade, diz relatório anual do CPJ

Em todo o mundo, pelo menos 46 jornalistas morreram em serviço em 2011 e outras 35 mortes estão sendo investigadas, de acordo com o relatório anual sobre ataques à imprensa do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, reportou a agência de notícias AFP. Pelo segundo ano consecutivo, o Paquistão foi o país que mais registrou mortes desse tipo, segundo o relatório do CPJ , disse a Radio Free Europe. O CPJ disse ainda que o México é o primeiro no mundo em retaliações contra o jornalismo nas redes socias.

Com um olhar global sobre as questões mais urgentes enfrentadas por jornalistas, o relatório anual do CPJ, "Ataques à Imprensa em 2011," destacou um crescimento mundial no número de jornalistas presos, reforçou medidas para combater a impunidade, uma grade carência no preparo de jornalistas no tocante à proteção e à segurança física, e uma batalha contínua contra a censura. O CPJ observou também que leis regulando cibercrimes são uma ameaça para a liberdade de expressão. O relatório chamou atenção para o fato de que, apesar de a discussão sobre violência sexual contra jornalistas ter aumentado após o ataque a Lara Logan, correspondente da CBS no Egito, pouco progresso ou mudanças têm sido observados nesse assunto.

Nas Américas, o CPJ observou que, em certos países latino-americanos, como a Venezuela, o Equador e a Nicarágua, a mídia estatal está acostumada a atacar jornalistas independentes. Já no México, "silêncio ou morte" geralmente é a única opção para jornalistas, pois, quando se trata de violência contra a imprensa mexicana e impunidade para crimes contra jornalistas, o presidente Felipe Calderón e seu governo falharam consistentemente, disse o CPJ. Veja esse vídeo do CPJ com o relato do jornalista Javier Valdez Cárdenas sobre os perigos de reportagem no México.

Outros números da seção "Américas" do relatório do CPJ:

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