Ainda frustados com o tratamento dispensado pelos policiais de Nova York aos jornalistas que cobrem os protestos do movimento "Ocupe", um grupo de profissionais e organizações de imprensa enviou uma segunda carta ao Departamento de Polícia da cidade, pedindo"mais providências quanto ao acesso de repórteres", informou a Associated Press (AP).
Diversas "entidades de imprensa acreditam que é preciso fazer mais para resolver essas questões de forma amigável”, diz a carta, assinada por representantes de AP, New York Times, dWCBS-TV, National Press Photographers Association, Daily News, Thomson Reuters, WABC-TV, NBC Universal, WNBC-TV, New York Press Photographers Association, Dow Jones, Bloomberg News, New York Press Club e Reporters Committee for Freedom of the Press. “Por favor não subestimem nossa motivação para trabalhar pela resolução desses problemas”.
Em novembro de 2011, foi enviada uma primeira carta à polícia de Nova York, que abordava o bloqueio ao trabalho dos jornalistas e até agressões e detenções. Em resposta, um memorando interno ordenou que os polícias não interferissem no trabalho da imprensa.
Em resposta à segunda carta, o Departamento de Polícia de Nova York destacou, também em uma carta, as medidas já tomadas para evitar novos problemas, acrescentando que dois policias haviam sido "repreendidos" por dois diferentes incidentes com jornalistas. Um outro incidente foi investigado, mas ninguém foi punido. Em relação a um quarto incidente, os policiais envolvidos não foram identificados, explicou a AP. Detalhes desses quatro casos não foram divulgados.
No dia 28 de janeiro, jornalistas foram detidos na cobertura de um protesto do movimento "Ocupe" em Oakland, no estado da Califórnia. A repressão a repórteres durante tais manifestações em diversas cidades levou os EUA a perderem 27 posições na Classificação Mundial da Liberdade de Imprensa 2011-2012, divulgada pela organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF).