No Dia Internacional dos Desaparecidos, comemorado nesta terça-feira, 30 de agosto, a organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) informou que há 13 jornalistas desaparecidos no mundo. Dois deles foram sequestrados no México e, até o momento, não houve nenhuma investigação oficial a respeito.
A jornalista María Esther Aguilar Cansimbe, dos jornais Diario de Zamora e Cambio de Michoacán (ambos no estado de Michoacán, México) está desaparecida desde 2009 enquanto Marco Antonio López Ortiz, editor de notícias do periódico Novedades de Acapulco, foi visto pela última vez em junho de 2011.
Em março de 2011, o Centro Knight também noticiou o desaparecimento do jornalista Noel López Olguín, colaborador de várias publicações no estado de Veracruz. A Frente Nacional de Luta pelo Socialismo (FNLS) documenta mais casos de jornalistas desaparecidos em Michoacán: José Antonio García Apac em 2006, Mauricio Estrada Zamora em 2008 e Ramón Ángeles Zalpa em 2010.
O jornal Cambio de Michoacán também observa que há mais de 600 casos de pessoas desaparecidas em Michoacán desde 2006, segundo diferentes informes das Comissões Nacional e Estadual de Direitos Humanos e denúncias de familiares das vítimas.
Os desaparecimentos forçados são “um método radical de repressão contra defensores de direitos humanos, ativistas da oposição e da liberdade de expressão e jornalistas que enfrentam regimes autoritários”, expressa a organização Repórteres Sem Fronteiras.
