Dois jornalistas americanos estão entre os quatro correspondentes internacionais presos na Líbia esta semana, informou o USA Today. Um fotógrafo espanhol e outro sul-africano também foram capturados.
Os dois americanos foram identificados como Clare Morgana Gillis, repórter independente que já escreveu para o USA Today, a The Atlantic e o Christian Science Monitor, e James Foley, repórter da GlobalPost.
Segundo a própria agência de notícias, autoridades da Líbia disseram que os jornalistas serão levados para Tripoli e libertados.
A captura dos quatro jornalistas na Líbia é apenas o mais recente ataque contra os correspondentes internacionais que cobrem os protestos no mundo árabe.
Quatro jornalistas do New York Times e um repórter brasileiro foram presos e libertados na Líbia. O chefe do escritório do NYT em Beirute, Anthony Shadid, vencedor do Prêmio Pulitzer, descreveu os momentos difíceis que ele e seus colegas de jornal passaram ao serem presos, agredidos e ameaçados por forças leais a Moammar Gadhafi.
Correspondentes também foram atacados durante os protestos no Egito. Atentados como o estupro da correspondente da rede de TV americana CBS Lara Logan evidenciam os riscos de se trabalhar fora do próprio país.
De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, já foram registrados mais de 70 ataques contra a imprensa desde o início dos protestos na Líbia, em fevereiro.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.