A denúncia feita por editores de jornais da Argentina sobre um possível "boicote" contra eles em relação à publicação de anúncios, supostamente liderado pelo governo, causou polêmica no país, segundo a EFE.
A Comissão Empresarial de Meios de Comunicação Independentes (Cemci) afirma que o governo "pressiona" os supermercados e as lojas de eletrodomésticos para não divulgar anúncios em jornais, rádios e TVs, segundo o Clarín.
O governo teria feito um acordo com essas empresas para congelar os preços durante um período de dois meses, até 1 de abril, como forma de combater a alta da inflação no país, explicou o portal Nueva Tribuna. Mas o veto se aplicaria apenas ao jornais de Buenos Aires, cidade onde estão os veículos mais críticos do governo, como o Clarín, o La Nación e o Perfil.
A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) considerou a medida mais um ataque à liberdade de imprensa, agora com uma perseguição financeira.
O governo negou a proibição e acusou o Clarín de inventar a informação, de acordo com o portal Cronista.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.