As declarações de um membro da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (AFSCA) da Argentina - entidade que aplica e controla a Lei de Mídia – em relação a um possível controle sobre a linha editorial dos veículos geraram polêmica no país, informou o diário La Razón.
A Lei de Mídia da Argentina foi votada e promulgada em 2009 e tem gerado polêmica por sua intenção de limitar o número de licenças de audiovisual dos diferentes grupos de mídias, como o Clarín. A data limite para que esses grupos se adequem de forma voluntária é 7 de dezembro. Caso isso não aconteça, o governo ameaça caçar essas licenças.
A lei regulamenta a utilização do espectro audiovisual, mas não estabelece um marco regulatório para o conteúdo , publicou o portal Infobae. No entanto, as declarações de Nicolás Cherei, um dos coordenadores da AFSCA, sobre “um controle dos diferentes meios”, abriu essa possibilidade, acrescentou o portal.
“Se há diferentes donos, vamos cuidar para que também haja diferentes estilos editoriais, diferentes técnicos, diferentes jornalistas e diferentes cinegrafistas”, disse Cherei em entrevista à radio FM Simphony, segundo o diário La Razón.
Diante da polêmica, o titular da AFSCA, Martín Sabbatella, negou que a entidade vá controlar a linha editorial dos veículos , segundo o La Prensa.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.