A Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), a Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) condenaram a decisão da Justiça do Equador, que sentenciou o diretor do diário Hoy, Jaime Mantilla Anderson, a três meses de prisão por injúria, segundo a EFE.
A sentença foi anunciada no fim do mês passado. O processo foi aberto por Pedro Delgado Campaña, primo do presidente Rafael Correa e presidente do Banco Central de Equador. Segundo ele, uma série de reportagens não assinadas e publicadas pelo jornal em 2009 arranhou sua imagem, nome e honra, de acordo com a organização IFEX.
Após o anúncio da sentença, Campaña disse, em comunicado, que desistiria do processo. Isso poderia levar à anulação da condenação, acrescentaram o La Hora e a agência AFP.
Na sentença, a Justiça ordenou ainda que Mantilla revele a identidade do jornalista responsável pelas reportagens, pedido considerado inaceitável pelo diretor do jornal Hoy, informou o El Universo.
No Equador, há pelo menos 13 processos ou investigações contra veículos de imprensa ou jornalistas, segundo a organização Fundamedios.