Cansadas do uso de seus trabalhos e investimentos por blogueiros e agregadores, a Associated Press, The New York Times Co., The Washington Post Co., e outras 26 organizações de notícias dos EUA lançaram uma empresa cujo fim é rastrear o uso não autorizado de conteúdos protegidos por direitos autorais na Internet, informou a Associated Press.
A empresa, conhecida como NewsRight, vai incorporar às notícias um código de rastreamento, a fim de monitorar o uso comercial não remunerado do conteúdo, como feito em blogs ou sites agregadores de notícias, e depois vai atrás dos infratores para tentar fazê-los pagar, explicou a organização de jornalismo Nieman Lab.
Atualmente, a NewsRight está rastreando conteúdo de 841 sites de jornais, segundo a Reuters, que acrescentou que, de forma semelhante à ideia dos sistemas paywalls, o esforço de rastrear e licenciar conteúdos online está "baseado no conceito de que os conteúdos dos jornais têm valor e o leitor deve pagar por eles".
Após três anos de preparação, de acordo com Poynter, o empreendimento "provavelmente será recebido com escárnio ou bocejos pela intelectualidade digital, que há muito tempo decidiu que as cercas em torno do conteúdo são coisas do passado e inúteis, já que a Internet oferece aos usuários tantos canais gratuitos para acessar notícias. Mas estamos prestes a ter um teste real dessa proposição, onde o mínimo êxito contaria como uma grande vitória para as empresas estabelecidas que há muito queriam ser pagas mais e mais amplamente pelo conteúdo das notícias que geram. "