A jornalista peruana Mabel Cáceres receberá o Prêmio Coragem no Jornalismo promovido pela organização International Women’s Media Foundation (IWMF), que desde 1990 homenageia mulheres jornalistas que se destacam por sua “valentia extraordinária”.
“Estas corajosas jornalistas enfrentam ameaças de segurança aparentemente insuperáveis e desafios pessoais ao reportar sobre temas globais e, frequentemente, seu impacto na vida de mulhres”, disse Elisa Lees Muñoz, diretora executiva da IWMF, segundo um comunicado da organização. “É uma honra celebrar seu compromisso com a liberdade de imprensa e seu serviço a outras mulheres do meio com nosso prêmio anual pela coragem.”
Sobre Cáceres, a organização disse que ela “se sobrepôs ao clima restritivo para os meios no Peru ao criar uma revista investigativa independiente, El Búho”, após o veículo em que trabalhava ter sido fechado.
“Durante mais de 20 anos, suas reportagens sobre a exploração de recursos naturais e corrupção em todos os níveis do governo e seu compromisso com a liberdade de imprensa geraram ameaças de morte, processos por difamação e repercussões financieras”, acrescentou a organização.
As ganhadoras foram anunciadas na noite de 24 de maio em uma cerimônia privada em Nova York. Este ano, as jornalistas serão homenageadas em duas cerimônias: em Los Angeles, em 20 de outubro, e em Nova York, em 26 de outubro.
Além de Cáceres, serão premiadas Janine di Giovanni, dos Estados Unidos, e Stella Paul da Índia. Diane Rehm, dos Estados Unidos, receberá o Prêmio pela Trajetória Profissional.
Desde 1990, quando o prêmio foi entregue pela primera vez, mais de 100 jornlistas mulheres de 54 países foram reconhecidas pela Coragem no Jornalismo. Algumas jornalistas da América Latina que premiadas são Claudia Julieta Duque ey Jineth Bedoya, da Colômbia; Marielos Monzon da Guatemala; Lourdes Ramírez de Honduras; Adela Navarro, Lidya Cacho e Elena Poniatowska do México; e Mabel Rehnfeldt do Paraguai.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.