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Polícia prende segundo suspeito de participar do assassinato de jornalista brasileiro

Um segundo suspeito de participar do assassinato do jornalista João Miranda do Carmo foi preso na noite de 26 de agosto, cerca de um mês após o crime, informou o G1.

Rooney da Silva Morais, de 22 anos, é apontado pela polícia como o autor dos 13 disparos que atingiram o jornalista no dia 24 de julho em Santo Antônio do Descoberto, interior de Goiás.

Morais é filho de Douglas Ferreira de Morais, chefe da Guarda Patrimonial da prefeitura, que foi preso três dias após o crime. Segundo uma testemunha, ele seria o motorista do veículo usado no assassinato, conforme informado pela polícia.

Durante coletiva de imprensa realizada na tarde de 29 de agosto, a polícia informou que o pedido de prisão feito à Justiça foi baseado na “convicção” de uma testemunha ocular do crime, conforme noticiou o G1.

“Chegamos até ele por meio de um depoimento sigiloso, no qual uma testemunha assegurou, com muita convicção, que ele foi o autor dos disparos contra a vítima”, disse o delegado Pablo Batista.

Pai e filho negam as acusações.

De acordo com as investigações, o crime teria sido motivado por vingança em virtude do trabalho jornalístico  de Carmo. Segundo a polícia, o jornalista estava sendo ameaçado após noticiar a prisão do irmão de Rooney, também filho de Douglas Morais.

João Miranda do Carmo era dono do site SAD Sem Censura e divulgava notícias locais relatando casos policiais e os problemas do município.

“Ele era muito controverso na cidade. Ele exigia respostas de políticos, policiais e autoridades locais,” afirmou Cláudio Curado,  presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Goiás, ao Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ).

Logo após o crime, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e o referido sindicato exigiram que as autoridades adotassem medidas preventivas para proteção dos jornalistas e da liberdade de imprensa.

Desde o assassinato de Carmo, seu site de notícias deixou de ser atualizado.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

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