O presidente de Honduras, Porfirio Lobo, criticou os meios de comunicação por informar sobre a situação de violência no país, que registra 92 homicídios para cada 100.000 habitantes, a maior taxa do mundo. "la tasa más alta del mundo. “Será possível termos em um determinado lugar um canal de televisão ou uma rádio onde sejam divulgadas mensagens de paz e esperança e de prevenção da violência ou temos que engolir o que os monopólios ordenam e decidem que os hondurenhos têm que consumir?", disse o presidente, segundo o jornal El Heraldo.
Em uma reunião com o Conselho de Ministros na qual declarou 2013 como o "Ano Nacional de Prevenção à Violência", o presidente Lobo propôs incluir mais urnas nas próximas eleições gerais, em novembro, para realizar um plebiscito sobre a democratização de frequências e licenças de rádio e televisão, segundo o La Prensa.
Antes, o diretor do Insituto Nacional Agrário (INA), César Ham, havia criticado a transmissão de telenovelas e séries dedicadas ao tema do narcotráfico e do crime organizado, e instou os veículos a promover o direito à vida e à paz, segundo informou o jornal Tribuna.
O advogado Rodolfo Dumas, membro da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), opinou que a proposta é uma tentativa do governo de recorrer a "um arsenal de distração massiva” devido à situação de isnegurança, desemprego e investimento atravessada por Honduras, segundo publicou o La Prensa.
Em dezembro, o presidente Lobo também acusou duas publicações de planejar um golpe de estado contra ele após publicar sobre desententimentos entre o poder judiciário e executivo do país.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog Jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.