Nos últimos cinco anos, o presidente do Equador, Rafael Correa, usou a TV para 1.365 anúncios oficiais, o equivalente a 11.793 minutos - ou oitos dias inteiros de transmissão, segundo disse a organização Fundamedios ao Comitê de Proteção dos Jornalistas.
Esses pronunciamentos são uma das ferramentas utilizadas pelo governo equatoriano para fazer valer seu "direito à réplica", garantindo pela Constituição de 2008, válido para todas as pessoas que se sentirem difamadas pela imprensa, segundo o CPJ.
Tais pronunciamentos seriam uma forma de negar as mentiras sobre o governo em veículos privados, acrescentou o CPJ.
A Fundamedios, que foi o tema de 10 pronunciamentos, os considera abusivos, pois o governo dispõe de suficientes mecanismos para se comunicar, como o conglomerado de meios oficiais, que inclui jornais, canais de TV e emissoras de rádio. Além disso, os membros do governos poderiam falar com jornalistas, mas não o fazem por conta da proibição imposta pelo presidente.
Para ler o relatório completo do CPJ clique aqui.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.