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SIP: Tentativas de silenciar a imprensa continuam a aumentar, especialmente em México, Honduras, Equador e Argentina

67ª Assembleia Geral da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) em Lima, no Peru, terminou com uma série de resoluções e conclusões que destacaram o fato de que "as tentativas de silenciar a imprensa independente" na América Latina continuaram a aumentar em 2011, evidenciado pelo desenfreado número de casos de "violência física, assassinatos de jornalistas e impunidade desses crimes, processos judiciais, prisões arbitrárias, ataques verbais, manipulação da publicidade oficial e leis ou iniciativas de lei restritivas."

SIP também destacou os assassinatos de jornalistas no México e em Honduras, e os ataques governamentais contra a imprensa na Argentina e no Equador. A organização também condenou o "caráter totalitário e ditatorial" do presidente venezuelano Hugo Chávez, segundo El Universal.

“A Sociedade Interamericana de Imprensa declarou 2011 como o Ano da Liberdade de Expressão," disse a organização em um comunicado divulgado ao concluir o congresso em 18 de outubro. "À medida que nos aproximamos do final do ano, descobrimos que os obstáculos e ameaças à liberdade de imprensa só têm aumentado em nosso hemisfério."

Chamando as práticas governamentais de se apoderar dos meios de comunicação e usar a publicidade oficial para premiar ou castigar veículos de imprensa de "armas de controle" que "impedem o livre fluxo de informação", a SIP emitiu informes por país sobre a manipulação governamental dos meios de informação nos seguintes países: ArgentinaEquadorGuatemalaNicaráguaPanamáVenezuelaTrinidad e Tobago e Barbados.

Em seus relatórios, a SIP adverte sobre a "colonização midiática" da presidente argentina Cristina Fernández, segundo ABC Color. O caso dos ataques do presidente equatoriano Rafael Correa à imprensa é um dos mais preocupantes, segundo El Comercio. Outro artigo de ABC Color ressalta que Correa disse que ele não poderia se incomodar menos com o que pensa a SIP.

Mais relatórios e resoluções específicas de cada país, tais como sobre a impunidade no México, estão disponíveis aqui.

Também durante o congresso, a SIP elegeu seus novos funcionários para 2011-2012. Milton Coleman, do Washington Post, foi nomeado presidente, substituindo Gonzalo Marroquín do Siglo 21 da Guatemala.

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