“A independência financeira é a única forma de alcançar a independência editorial", disse Daniel Eilemberg, presidente e fundador do site, durante o Sexto Colóquio Iberoamericano de Jornalismo Digital. O evento foi organizado pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas entre 20 e 21 de abril em Austin, Texas.
Para ele, sua organização iniciou uma nova forma de negócio que mistura consultoria sobre redes sociais e conteúdo digital a empresas privadas, uma prática conhecida como "jornalismo".
“Cada vez mais empresas estão buscando criar seu próprio veículo, como a Coca Cola TV ou a Red Bull, e nós podemos se úteis para ajudá-los a criar veículos bem-sucedidos", explica. Em entrevista ao Centro Knight, Eilemberg garantiu que está prestes a assinar os primeiros contratos para desenvolver consultorias e conteúdos de empresas privadas. Outras fontes de renda para esse meio são os eventos, conteúdos agregados e patrocínio de empresas privadas.
O Animal Político nasceu em novembro de 2009 como Pájaro Político, uma conta de Twitter com o objetivo de informar temas de política mexicana em tempo real e focado em alcançar uma audiência mais jovem. Um ano depois, essa conta se converteu em um dos veículos digitais mais visitados no México em relação a assuntos sociais e políticos.
"No primeiro dia da página, já tínhamos 35 mil seguidores no Twitter", explicou Eilemberg. "Foi uma forma de sermos conhecidos de forma sustentável enquanto criávamos uma audiência de seguidores".
Atualmente, Animal Político tem 442 mil seguidores em sua página no Facebook, mais que qualquer outro veículo no México, incluindo os jornais El Universal, Milenio, Reforma e o programa de rádio Aristegui Noticias. Além disso, o site tem um total de 350 mil seguidores no Twitter.
Eilemberg acrescentou que agora o Animal Político está pensando em se expandir para os Estados Unidos, onde já tem uma comunidade de 100 mil visitantes por mês. “Não estamos prontos, mas de qualquer forma é uma oportunidade enorme para diversificar nosso conteúdo e renda", disse.
Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.
