texas-moody

Tribunal rejeita "privilégio jornalístico" a cineasta americano que denunciou poluição na Amazônia

Jornalistas perdem o privilégio de proteger suas anotações quando não conseguem manter a independência, decidiu um tribunal de apelação de New York no começo do mês, informou o Wall Street Journal.

A corte confirmou uma decisão anterior segundo a qual o cineasta Joe Berlinger deve mostrar à Chevron 600 horas de gravações para seu documentário sobre uma batalha judicial entre a Chevron e o povo do Equador por causa da poluição na Amazônia. Como Berlinger concordou em fazer mudanças em seu filme baseadas em argumentos dos advogados dos equatorianos, ele abriu mão de seu privilégio jornalístico de proteger seu material, decidiu o tribunal.

Berlinger argumentou que seu documentário, "Crude," era um tipo de jornalismo e, por isso, deveria desfrutar dos direitos da imprensa, explicou a Reuters.

"A decisão de modificar uma cena do filme a partir de comentários de advogados dos equatorianos após a exibição do documentário no Festival de Sundance foi exclusivamente minha e não diminui a independência da produção em relação às partes retratas," disse Berlinger, segundo o New York Times.

Nota do editor: Essa história foi publicada originalmente no blog de jornalismo nas Américas do Centro Knight, o predecessor do LatAm Journalism Review.

Artigos Recentes